
Há uns anos, o planeamento estratégico era feito em ciclos longos, com apresentações solenes, gráficos a cinco anos e uma confiança quase ingénua na estabilidade do mercado. Hoje, esse modelo parece datado — e, em muitos casos, ineficaz. As organizações precisam de respostas rápidas, decisões cirúrgicas e direcção estratégica em tempo real.É aqui que entra o interim management.
Mais do que um gestor temporário
Quando se fala em interim manager, ainda há quem pense num substituto de emergência, alguém que “segura o leme até chegar o próximo capitão”. Mas essa visão já não encaixa na realidade atual.
Hoje, muitos interim managers são contratados não por ausência, mas por necessidade estratégica imediata:
- Redefinir uma unidade de negócio
- Preparar uma fusão ou desinvestimento
- Implementar uma mudança crítica em três, seis ou nove meses
A sua missão não é apenas “manter as coisas a funcionar” — é criar impacto num prazo curto, com foco, autonomia e um olhar externo.
O fim do plano de 5 anos?
Vamos ser francos: em 2025, quem consegue planear com confiança além de 18 meses?
Empresas estão a reconhecer que, mais do que planos longos, precisam de ciclos estratégicos curtos, iterativos e accionáveis. E os interim managers estão a tornar-se peças-chave nesta nova lógica.
São eles que:
- Entram rapidamente
- Diagnostificam com agilidade
- Criam planos de acção exequíveis
- Lideram a implementação em tempo real
É uma abordagem muito mais próxima da mentalidade “testar, ajustar e avançar” do que da gestão clássica em powerpoints.
Planeamento como movimento, não como manual
O planeamento estratégico de curto prazo exige menos rigidez e mais adaptação.
E aqui, a vantagem do interim manager é clara: não está preso à política interna, aos legados ou à pressão do “foi sempre assim”.
Pode:
- Questionar o óbvio
- Cortar o ruído
- E mobilizar equipas para objectivos concretos, dentro de janelas temporais bem definidas
Em vez de um plano com 60 slides, muitas vezes entrega um roteiro de acção com foco no trimestre seguinte. Simples, directo e com indicadores visíveis.
Benefícios que as empresas já começam a sentir
Empresas que apostam no interim management para orientar o seu planeamento estratégico de curto prazo relatam ganhos claros:
- Velocidade de execução
- Maior clareza nos objectivos imediatos
- Decisões menos contaminadas por política interna
- Resultados mensuráveis em menos tempo
E, talvez o mais importante: ganham uma visão externa com foco no essencial, sem a sobrecarga da rotina ou da cultura de “reuniões sobre reuniões”.
Estratégia em modo sprint
O interim management não veio substituir o planeamento tradicional — veio ajustá-lo à realidade de hoje.
Num mercado onde tudo muda em meses, o verdadeiro plano estratégico pode muito bem ser aquele que consegue ser executado já, com impacto visível nos próximos 90 dias.
E para isso, contar com um interim manager certo, no momento certo, pode fazer toda a diferença.